Os imigrantes clandestinos
Estava lendo noticias em jornais da América Central, quando deparei com um assunto que sofri na própria carne, foi aqui no Brasil lá pelos anos setenta: era um clandestino em busca de um futuro melhor.
Imigrantes de países da América central, como Honduras, Guatemala, Salvador, Costa Rica, e outros também de América do Sul, inclusive o Brasil; viajam sem documentação aos Estados Unidos de América.
Tudo começa no Norte do México, na tentativa de cruzar o “Rio Bravo” na fronteira com os Estados unidos; os migrantes precisam de alguém que conheça os segredos fronteiriços e o rumo a seguir, estas pessoas recebem a denominação de “coiote” (coyote) traficantes de humanos, o seu serviço prestado é em troca de dólares o preço é determinado conforme o local da travessia e o destino até os Estados Unidos.
Aquilo que até parece fácil de cruzar a fronteira, tem sido o maior problema dos clandestinos e também da policia Mexicana; ocorre que é ali no Leste da fronteira Mexicana atuam “Los Zetas” (Os Zetas), que segundo dizem são ex-militares de elite trabalhando com narcotráfico no Sul do México; descobriram a fonte do seqüestro nos imigrantes clandestinos que passam pelos Estados Mexicanos de Coahuila, Nuevo Leon, e Tamaulipa. O negocio é avultado segundo fonte dos Direitos humanos Mexicano, entre setembro de 2008 e fevereiro 2009, houve 10.000 pessoas raptadas sem documentação, com pagamento aproximado de US$ 25.000.000 do resgate.
Muitos estão chegando ao lado da fronteira Americana e já se entregam para policia; pois tem Los Zetas esperando-os para extorquir um “pedágio” ou matar aqueles que usam o caminho por conta própria; onde os coiotes também estão ao serviço deles. Os milhares que se entregam são acolhidos em refúgios de proteção ao imigrante, como o de “Belém Pousada do Imigrante, que fica na cidade de Saltilho, no Estado de Coahuila”.
O Brasil aqui na América do Sul é o País que mais recebe imigrantes latinos como os Bolivianos, Argentinos, Uruguaios, Paraguaios. Houve uma anistia para os que não tinham documentação; mas teve épocas em que os países vizinhos sofriam golpes militares e a tendência de guerrilheiros era uma verdade em qualquer estudante secundário da América Latina; por isto que as leis aqui eram bastante rígidas, conseguir a Identidade de estrangeiro era um calvário de idas e vindas a policia Federal, pior ainda se estava clandestino, não podia chegar! Como dizia a musica do ex-ministro, “Sem lenço, e sem documentos”, situação que eu fiquei por dois anos.
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