terça-feira, 26 de julho de 2011

Amor e Revolução.



A novela não esta encantando as donas de casa, também não agrada a maioria dos jovens. Em compensação àqueles que a vida já levou aos quase cinqüenta anos, estão assistindo “Amor e Revolução”, eles são moradores urbanos e campesinos; e com certeza recordam alguns métodos que a ditadura praticava para “combater” aos terroristas ou assim chamados por defender a volta da Democracia e a liberdade dos presos políticos feitos durante golpe de Estado em 1964 presos pelo crime de sentir simpatia grupos Socialistas.

Pior ainda para os presos, ignorantes em política, inocentes observadores de Eventos de rua e que se encontravam na hora errada, e no lugar errado.

Penso que a juventude que viveu estas décadas, foi a mais corajosa, aguerrida em termos de manifestações Sociais e Ideológicas; e foi nos anos sessenta que a música difundiu a rebeldia pela insatisfação dos padrões sociais na vida Americana, a exemplo do Rock and Roll que mostrou a juventude selvagem, loucos pelos potentes motores de carros, e a velocidade das motos nas estradas; também a emancipação pessoal pela saída da casa paterna aos 14 anos de idade, em média muitos dos quais entrariam na guerra de Vietnam e os outros fariam os protestos nas ruas contra esta guerra.

Em 1960 nascem pela Europa diferentes grupos com idéias similares em termos musicais como os “Beatles” e “Rollins Stones”, convergindo todos em um grande “Paz e amor” dos “Hippies” adictos as drogas e alucinógenos e vida em comunidades livres.

Bom aqui na América do Sul, o rumo era política com tendência Socialista Marxista (Karl Marx), comunistas apoiados pela União Soviética (Rússia), os heróis Cubanos com sucesso na guerrilha de Fidel Castro e o futuro mártir Ernesto “Che Guevara”. Um médico Argentino que virou o maior mártir marxista, e ainda o capitalismo lucrou com a venda das imagens em camisetas e outros souvenires, divulgando e vendendo por todo o planeta a mística imagem do “Che Guevara”.

Pois bem, esta novela “Amor e Revolução” retrata quase todos os países Sul-americanos e principalmente na década dos 70 tinham seus “golpes de Estado”, instalados por militares; como reação nascia os grupos de esquerda treinados para guerrilhas. No Chile tinha (ainda) o “MIR” (movimento de esquerda revolucionário), na Argentina e Uruguai havia os “Montoneros” e “Tupamaros”, Nicarágua “Sandinistas”, e assim todos lutando contra as ditaduras militares e em pro do Marxismo ou nacionalismo.

No Brasil diversos grupos independentes montavam uma guerrilha com células espalhadas e sem comunicação entre eles, provocou muitas prisões e desaparecimento de parentes e inocentes; os intelectuais principalmente jornalistas e músicos tiveram que enfrentar com inteligência ao tirano repressor, é por isso que lhes digo que assistam “Amor e Revolução”, a história política inclusive tem muitos nomes de políticos e famosos de hoje, que já foram presos e torturados, e ainda hoje podem contar sua participação na história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário